A menina e a rosa
Eu estava andando pelo jardim, parecia um dia como qualquer outro mas de repente... sim era uma rosa. Minha flor preferida, em sua melhor cor. Quanto tempo eu não a via, e nunca tinha visto uma como aquela. Atraiu meus olhos para si de uma forma inexplicável, sentia que existia uma cumplicidade entre a rosa e eu.
A flor me fazia sorrir, me fazia sonhar, me fazia acreditar, e eu fui chegando perto, escalando seu caule sem perceber os espinhos que me feriam. Suas pétalas suaves e seu perfume sempre foram muito mais interessantes do que seus espinhos.
Mas de repente, suas pétalas começaram a cair, eu achei que ela tinha me notado ali no seu caule e soltara algumas pétalas para tentar ficar mais perto de mim...
Mais alguns dias, e ela começou a encurvar-se como se estivesse olhando para baixo, percebi que alguma coisa não estava certa, tentei apanhar um graveto, ou alguma coisa que pudesse firma-la novamente, mas minhas mãos e meu corpo estavam um tanto feridos por seus espinhos, e quanto mais eu tentava ajuda-la a não morrer, parece que maior ficavam seus espinhos.
A rosa murchou, perdeu a cor e o perfume, já não me parecia tão encantadora, e a lembrança do seu perfume, cor e beleza me fizeram chorar ao olhar para ela daquela forma.
Olhei pra mim, percebi os machucados, contei cada um deles e alguns agora pareciam tão maiores, descobri até alguns que nunca tinha notado.
Sim a rosa me machuca, e a vendo assim morta...com seus espinhos ainda todos afiados...Acho que a rosa não é mais a minha flor preferida
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